Por Christian Machado
Nestes últimos dias, a mídia tem empreendido uma investida contra a Polícia
Militar do Estado de São Paulo. Inclusive, tem-se falado em uma crise na
Segurança Pública. Porém, essa tal “crise” trata-se de algo artificial, ou seja,
criada por meio de uma narrativa.
Os policiais foram massacrados de forma totalmente injusta após uma série de
notícias veiculadas em que alguns integrantes da corporação praticaram atos
isolados que podem se constituir como crimes. Isso é injusto, pois a atitude de
um, ou de uns poucos, não pode significar a condenação dos demais.
Agora, uma coisa é certa: essa crise artificial tem sido fabricada com o intuito
de atingir o governador Tarcísio e o secretário de Segurança Pública. Estes,
diga-se de agem, têm desempenhado um excelente papel dentro de suas
atribuições, inclusive desarticulando diversos setores do crime organizado. Não
é coincidência que, nos últimos dois anos, os índices criminais no Estado de
São Paulo vêm apresentando uma queda expressiva, fruto de políticas públicas
sérias e do trabalho incansável das forças de segurança.
Os policiais têm sido alvo de ataques e são tratados apenas como peões em
um jogo de xadrez. Sabe-se que a vida de um policial no Brasil não é nada
fácil: não podem morar em qualquer lugar, não têm sossego, pois são alvos
ambulantes, seus filhos não podem estudar em qualquer escola, parte da
população os odeia, enfrentam jornadas de trabalho extenuantes, muitos
sofrem a humilhação de pedir caronas na beira da estrada e, para agravar, a
grande maioria não recebe o salário que sua profissão merece. São inúmeras
promessas de valorização que ficam apenas nas épocas de campanha. Para
piorar, o Brasil é o país onde mais policiais perdem suas vidas em serviço no
mundo.
Por isso, faço um apelo a você, leitor: não permita que essa injustiça e
despercebida. Valorize os homens e mulheres que colocam suas vidas em
risco diariamente para proteger a sociedade, muitas vezes sem o devido
reconhecimento ou apoio. Compartilhe essa mensagem, leve essa discussão
adiante e mostre ao mundo que os nossos policiais não estão sozinhos. Eles
merecem mais do que críticas vazias; merecem respeito, dignidade e um olhar
atento de quem verdadeiramente reconhece o valor de seu sacrifício. Hoje, a
segurança que temos, e a redução da violência que celebramos, são fruto do
esforço desses profissionais. Que não falte a eles a nossa gratidão e o nosso
apoio.
Christian Machado – Pós-graduado em Filosofia e Teoria Social, Professor de Teologia no Seminário Teológico Semear