O vazio sanitário da soja inicia em Mato Grosso no próximo domingo (8). O período, em que fica proibido o cultivo e a presença de plantas vivas de cultivo do grão, tem como objetivo evitar a incidência e proliferação do fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da ferrugem asiática.
O vazio sanitário da soja no estado segue até o dia 7 de setembro, conforme determina uma normativa do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea), órgão responsável por fazer a fiscalização e o monitoramento em propriedades rurais onde há o cultivo do grão, com base em portaria do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
Durante o período, que dura 90 dias, fica proibida a presença de qualquer planta viva de soja em lavouras, beiras de estradas e áreas dentro das propriedades rurais.
Para garantir o cumprimento da medida, fiscais do Indea realizam vistorias nas propriedades. Somente em 2024, foram feitas mais de 5,8 mil fiscalizações.
Quem descumprir a regra pode ser multado. Em caso de dúvidas, os produtores devem procurar uma unidade do Indea mais próxima ou ar os canais oficiais do órgão.
Na safra 2024/2025, foram cadastradas no Indea 14,7 mil unidades de produção de soja, somando uma área declarada de mais de 11,2 milhões de hectares plantados, com 8,9 mil produtores registrados no estado.
🌱Ferrugem asiática
A ferrugem asiática da soja é considerada uma das pragas mais perigosas da cultura da soja, ela pode causar perdas de até 90% na lavoura se não for controlada.
O fungo se espalha rapidamente, principalmente durante o período chuvoso, por meio dos ventos, respingos de água e também por restos de plantas contaminadas.
A principal forma de prevenção é justamente o vazio sanitário, que impede a sobrevivência do fungo entre uma safra e outra, além do uso de fungicidas e da eliminação de plantas voluntárias de soja, aquelas que nascem fora de época.
🔍 Como identificar a ferrugem asiática na soja:
- Manchas amareladas nas folhas — primeiros sinais da doença;
- Pontos marrons ou de cor ferrugem — surgem principalmente na parte inferior das folhas;
- Queda precoce das folhas — a planta perde as folhas antes do tempo;
- Comprometimento dos grãos — com menos folhas, o desenvolvimento dos grãos é afetado;
- Redução da produtividade da lavoura — consequência direta do avanço da doença.
